Estufas
de plástico
Estufa modelo teto convectivo retilíneo construído a
base de eucalipto.
As principais características de uma estufa
plástica são a eficiência e a funcionalidade. Entende-se por ‘eficiência’ a
faculdade que a mesma tem de oferecer um determinado
elemento do clima não de maneira estática, porém dentro dos limites de
exigências fisiológicas da cultura. A ‘funcionalidade’ é um conjunto de
requisitos que permitem a melhor utilização da estufa, tanto do ponto de vista
técnico como econômico. Estas características devem estar completamente
harmonizadas com o objetivo de definir um sistema produtivo capaz de obter
colheitas fora da época normal, com mercado e rentabilidade adequada à
sobrevivência do empreendimento. Para se alcançar estes objetivos na construção
de uma estufa, é preciso primeiro analisar os recursos naturais e humanos
disponíveis na área onde se pretende instalar a estrutura, e em segundo lugar
proceder a um estudo rigoroso sobre as possibilidades de mercado e
comercialização dos produtos olerícolas obtidos com a construção das estufas.
A
seleção de um determinado tipo de estufa é função de uma série de aspectos
técnicos, tais como exigências agroclimáticas da espécie de planta a ser
cultivada, das características climáticas da área onde se pretende implantála,
da disponibilidade de mão-de-obra e de mercado. As estufas podem ser
classificadas em relação ao controle dos parâmetros meteorológicos em
climatizadas, semiclimatizadas e não-climatizadas. As estufas climatizadas
possuem mecanismos elétricos, eletrônicos e mecânicos de acionamento automático
para controle de temperatura, umidade relativa e luz, e fazem uso de energia
transformada em suas atividades normais. Seu emprego depende de uma exploração
economicamente rentável e elevada. Até a presente fase de nosso desenvolvimento
econômico, este tipo de estufa para produção de hortaliças é inviável, sendo
sua utilização restrita a instituições de pesquisas para fins de
experimentação. Seu uso comercial é mais comum em países de economia estável e
de alto poder aquisitivo, como Japão, Espanha, Holanda, entre outros. As
estufas semiclimatizadas são dotadas de determinado grau de automação no
controle de temperatura, umidade e luz, sendo também consideradas inviáveis
economicamente para produção comercial de hortaliças. No Brasil, são utilizadas
em instituições de ensino e pesquisa agropecuárias e florestal, em áreas como o
melhoramento genético, por exemplo. As estufas não-climatizadas são as que
reúnem viabilidade econômica e podem ser utilizadas em processo de exploração
comercial para produção hortaliças e flores. Este tipo de estufa não possui
nenhum tipo de equipamento que utilize energia transformada e sua utilização é
condicionada a aplicação de transformação de fatores físicos da própria
natureza do ambiente.
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