quinta-feira, 8 de março de 2018

Construção de estufas para produção de hortaliças nas Regiões Norte, Nordeste

Estufas de plástico

Estufa modelo teto convectivo retilíneo construído a base de eucalipto.

As principais características de uma estufa plástica são a eficiência e a funcionalidade. Entende-se por ‘eficiência’ a faculdade que a mesma tem de oferecer um determinado elemento do clima não de maneira estática, porém dentro dos limites de exigências fisiológicas da cultura. A ‘funcionalidade’ é um conjunto de requisitos que permitem a melhor utilização da estufa, tanto do ponto de vista técnico como econômico. Estas características devem estar completamente harmonizadas com o objetivo de definir um sistema produtivo capaz de obter colheitas fora da época normal, com mercado e rentabilidade adequada à sobrevivência do empreendimento. Para se alcançar estes objetivos na construção de uma estufa, é preciso primeiro analisar os recursos naturais e humanos disponíveis na área onde se pretende instalar a estrutura, e em segundo lugar proceder a um estudo rigoroso sobre as possibilidades de mercado e comercialização dos produtos olerícolas obtidos com a construção das estufas. A seleção de um determinado tipo de estufa é função de uma série de aspectos técnicos, tais como exigências agroclimáticas da espécie de planta a ser cultivada, das características climáticas da área onde se pretende implantála, da disponibilidade de mão-de-obra e de mercado. As estufas podem ser classificadas em relação ao controle dos parâmetros meteorológicos em climatizadas, semiclimatizadas e não-climatizadas. As estufas climatizadas possuem mecanismos elétricos, eletrônicos e mecânicos de acionamento automático para controle de temperatura, umidade relativa e luz, e fazem uso de energia transformada em suas atividades normais. Seu emprego depende de uma exploração economicamente rentável e elevada. Até a presente fase de nosso desenvolvimento econômico, este tipo de estufa para produção de hortaliças é inviável, sendo sua utilização restrita a instituições de pesquisas para fins de experimentação. Seu uso comercial é mais comum em países de economia estável e de alto poder aquisitivo, como Japão, Espanha, Holanda, entre outros. As estufas semiclimatizadas são dotadas de determinado grau de automação no controle de temperatura, umidade e luz, sendo também consideradas inviáveis economicamente para produção comercial de hortaliças. No Brasil, são utilizadas em instituições de ensino e pesquisa agropecuárias e florestal, em áreas como o melhoramento genético, por exemplo. As estufas não-climatizadas são as que reúnem viabilidade econômica e podem ser utilizadas em processo de exploração comercial para produção hortaliças e flores. Este tipo de estufa não possui nenhum tipo de equipamento que utilize energia transformada e sua utilização é condicionada a aplicação de transformação de fatores físicos da própria natureza do ambiente.

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